Site deixa cliente anunciar quanto quer pagar por produtos e negociar com lojas



A start-up Fliig quer levar compradores a trocar o consumo por impulso, estimulado em datas como a Black Friday (que aconteceu nesta sexta-feira, 25), pela espera por uma boa oportunidade.
 
Na plataforma da empresa, criada há um ano, é o cliente quem anuncia os produtos que deseja comprar e diz quanto quer pagar por eles.
 
A proposta do comprador fica disponível no site da empresa (www.fliig.com.br). Varejistas que vendem o item em questão também são avisados da oportunidade. Eles podem fazer propostas de venda, trocar mensagens e negociar preços.
 
Os anúncios dos consumidores são rankeados a partir de cores. São marcadas em vermelho os que estão muito abaixo do preço praticado pelo mercado, em amarelo um pouco abaixo e em verde os que estão perto.
 
A classificação é feita de modo automatizado, por sistema que busca preços em vários sites para fazer a comparação.
 
Welson Marinho, 50, cofundador e diretor comercial da empresa, diz que o negócio permite a compradores, em vez de esperar datas promocionais, encontrar boas oportunidades o ano inteiro.
 
“O consumidor pode deixar registrado tudo o que quer comprar, mas não tem urgência. Depois ele espera uma boa oportunidade, como um produto que ficou encalhado com o lojista e que ele está disposto a vender mais barato.”
 
Marinho afirma que o tipo de negociação proposta pelo fliig, apesar de parecido, não chega a ser um leilão, pois não necessariamente ganha quem dá o melhor preço. É possível que um vendedor tenha melhores condições de atendimento, mesmo cobrando mais caro, explica.
 
Atualmente o site possui 230 vendedores e cerca de 1.700 consumidores cadastrados.
 
Welson Marinho, co-fundador do Fliig (foto: divulgação)
 
Marinho diz acreditar que o maior desafio que sua empresa enfrenta para acelerar seu crescimento é cultural.
 
“Todo mundo está habituado a, a partir de uma prateleira, escolher o que quer, colocar no carrinho e pronto.”
 
Ele diz que 6,75% das ofertas feitas por consumidores no Fliig foram atendidas, enquanto no comércio eletrônico tradicional cerca de 1% dos visitantes de uma loja virtual fecham uma compra.
 
Não há restrições sobre o tipo de produto a ser solicitado no site. A empresa vendeu até um carro em seu primeiro ano.
O Fliig fica com comissão que varia entre 5% e 10% da venda fechada a partir de seu site.
 
Além da Fliig, Marinho também é responsável pela empresa InHouse, companhia familiar do setor de call center.
 
POR FILIPE OLIVEIRA, para a Folha Online






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